Foi realizado nos dias 25 e 26 de setembro, no Teatro Universitário da USP-Bauru, o “VII Seminário Científico Políticas Públicas, Serviços e Sistema em Saúde Auditiva”, promovido pelo Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais (HRAC/Centrinho) da USP e pelo Departamento de Fonoaudiologia da Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB) da USP. O evento reuniu cerca de 200 participantes de todas as regiões do país, entre profissionais, gestores, representantes de conselhos de profissão e sociedades científicas, pesquisadores e estudantes.
A cerimônia de abertura contou com a presença de Regina Célia Bortoleto Amantini, superintendente do Centrinho-USP e uma das coordenadoras gerais do Seminário; Maria Aparecida de Andrade Moreira Machado, diretora da FOB-USP; José Roberto Pereira Lauris, prefeito do campus da USP em Bauru; Maria Inês Pegoraro-Krook, chefe do Departamento de Fonoaudiologia da FOB-USP e presidente da Comissão de Pesquisa do Centrinho-USP; e Elaine Cristina Moreto Paccola, coordenadora da Divisão de Saúde Auditiva do Hospital.
Na primeira palestra, Vera Lúcia Ferreira Mendes, coordenadora da Área Técnica de Saúde da Pessoa com Deficiência do Ministério da Saúde (MS), abordou o tema “Rede de cuidados à pessoa com deficiência”. De acordo com dados do MS apresentados por ela, 53 dos 102 dos Centros Especializados em Reabilitação (CER) já implantados por meio do Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência – Viver sem Limite fazem reabilitação auditiva. E, atualmente, há 138 serviços de saúde auditiva habilitados para atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Em seguida, José Eduardo Fogolin Passos, coordenador geral de Média e Alta Complexidade do Ministério da Saúde, ministrou palestra sobre a perspectiva do implante coclear no âmbito do SUS. Ele destacou a importância da Portaria 18 da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, de 10/6/2014, que propõe a ampliação e incorporação ao SUS de procedimentos relativos à assistência hospitalar à saúde auditiva (implante coclear e prótese auditiva ancorada no osso, uni e bilateral), incluindo intervenções clínicas, cirúrgicas, reabilitação, manutenção e acompanhamento. José Eduardo ressaltou ainda o desafio que representa a atualização das políticas públicas na área e o papel primordial dos serviços em sua efetivação.
Houve também um momento interativo com os representantes do Ministério da Saúde, em que eles responderam perguntas do público, sob a coordenação da superintendente do Centrinho-USP, Regina Célia Bortoleto Amantini. Ainda no dia 25, ocorreram apresentações de painéis científicos e mesas redondas sobre a experiência dos serviços credenciados como CER e os desafios na concessão e efetividade do Sistema FM (acessório para dispositivos auditivos que favorece a compreensão da fala em ambientes ruidosos, como a sala de aula).
No último dia do evento, 26, foi realizada mesa redonda sobre a política de educação permanente e telessaúde no Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, com a participação do professor Chao Lung Wen, coordenador da disciplina de Telemedicina da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). A qualidade e avaliação de resultados na rede de cuidados em reabilitação auditiva também foi tema de palestra. A programação do evento encerrou com oficinas práticas de discussão sobre pacientes de acompanhamento, equipes de pronto-socorro e Sistema FM, e com apresentação das discussões nas oficinas.
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